Educação para a Cidadania Ambiental

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Educação para a Cidadania Ambiental - A nossa Visão | Reforma Agrária

Urgente: Educar para a Cidadania Ambiental

Cidadania Ambiental deveria estar no topo das prioridades educativas, mas não está! 

Mas não está!

E a nossa ação deveria começar hoje, pela educação das crianças, nas aulas de cidadania, para comportamentos mais saudáveis, e mais sustentáveis, em casa, nas escolas e nos recreios.

Mas estará isso a ser feito no terreno? 

Quando olho para os infantários, onde depositamos as nossas crianças durante grande parte do seu dia - quase sempre sem jardins biodiversos e sem árvores dignas desse nome.

Quando olho para as actividades extracurriculates e ocupação dos tempos livres dos mais jovens - cada vez mais confinadas em espaços artificializados.

Quando olho para a própria Natureza - cada vez mais confinada, aprisionada e artificializada

Quando observo a paranoia coletiva de higienização - que não deixa espaço para as nossas crianças: sujarem os sapatos, pisarem as folhas, colocarem as mãos na terra, rebolarem na erva molhada dos campos, treparem a uma árvore...

Sinto que é urgente educar os educadores infantis para a sustentabilidade.

Pergunto-me,

Ainda vamos a tempo?!

Ainda vamos a tempo de mudar!

Sim, ainda vamos a tempo!

É urgente ir para além dos discursos ambientais ocos e vazios - que só têm paralelo nas palmeiras de plástico ou nas oliveiras torturadas de alguns quintais.

É urgente criar disciplinas de noções básicas de ecologia e nutrição, na primeira infância - porque elas estão relacionadas.

É urgente educar as crianças e os jovens para a cidadania ambiental, colocando-os em contacto com o meio natural e criando hortas caseiras e escolares.

É urgente educar também os adultos, para a dar o exemplo às nossas crianças -  para que deixem de se comportar como meros consumidores amorfos, que produzem mais lixo num dia, do que os nossos bisavós, produziam num ano.

Estamos sempre a tempo de mudar!

Mas,

É urgente Mudar de Visão 

Não deveríamos nós também agir, de modo a fomentar uma visão mais sustentável e mais amigável da vida no planeta, para todos os seres vivos?

Deveríamos promover a preservação de todas as áreas biodiversas, em vez de promover o abate de árvores indiscriminadamente, a destruição massiva da vegetação dos campos e das bermas dos valados, em plena época de nidificação, deixando muitas aves mortas, ou sem alimento nem abrigo.

Desde Pedrogão que, em nome da luta contra os fogos, se promove o abate de árvores indiscriminadamente, a destruição massiva da vegetação dos campos e das bermas dos valados, em plena época de nidificação, deixando muitas aves mortas, ou sem alimento nem abrigo - quando todos sabemos que, antes de Portugal ser assolado por plantações massivas de monoculturas de pinheiros e de eucaliptos, nunca os incêndios foram um grande problema? 

O estado - que gasta tanto na promoção das políticas de reciclagem e da proto economia circular - devia premiar a ação de todos aqueles - proprietários rurais e agricultores - que entre a tentação da urbanização e a da preservação da biodiversidade, optam pela última.

Fomentar uma visão mais Sustentável

Educação para a Cidadania Ambiental - A nossa Visão | Reforma Agrária

Não deveríamos promover a preservação de todas as áreas biodiversas, em vez de promover:

  • o abate de árvores indiscriminadamente
  • a destruição da diversidade da vegetação dos campos
  • a limpeza "paranoica" das bermas dos caminhos
  • a utilização massiva de glifosato e outros herbicidas em tudo quanto é canto e esquina pública - fora dos centros urbanos, porque este governo entendeu que as pessoas dos centros urbanos são mais pessoas que as dos meios rurais, e que por isso essas sim, podem ver as suas ruas e os seus animais a serem pulverizados com glifosato.
  • idem aspas nos terrenos florestais e agrícolas 
  • a contaminação dos nossos aquíferos e das zonas de infiltração das águas da chuva com herbicidas, e por vezes até os próprios rios e zonas húmidas - fora dos centros urbanos, porque este governo entendeu que as pessoas dos centros urbanos são mais pessoas que as dos meios rurais, e que por isso essas sim, podem ver as suas ruas e os seus animais a serem pulverizados com glifosato.
  • a destruição das plantas arbustivas das bermas e dos valados, em plena época de nidificação, deixando muitas aves mortas, ou sem alimento nem abrigo.

Ainda vamos a tempo de mudar!

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Mariana Barbosa

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